Acredito que a maior parte dos torcedores palestrinos já saiba que a cansativa novela envolvendo o jogador finalmente teve um fim. Se o final foi feliz ou não, dependerá do que virá a seguir, conforme o seu desempenho dentro de campo com a camisa 77 do maior campeão nacional.
Mas o que esperar de Rony?
Utilizando como base a análise de Rodrigo Fragoso, setorista do Palmeiras e repórter do Canal Esporte Interativo, Rony é um jogador que se assemelha às características que apresenta Dudu. Com boa velocidade, Rony é um jogador capaz de quebrar as linhas de marcação e jogar em ambas as pontas, “aliviando” a responsabilidade de Dudu em ser protagonista na criação de oportunidades pelos lados do campo.
Além da velocidade, Rony é um jogador de boa finalização, tendo efetuado 11 gols e 11 assistências em 64 jogos pelo alvinegro paranaense. O Palmeiras sofre com a necessidade de outro “motorzinho” nas pontas desde a saída de Keno, em 2018, e enxerga em Rony o atleta que pode enfim tomar conta na posição.
Além do futebol, Rony traz consigo uma característica que agrada a qualquer torcedor: a vibração!
Muitos jogadores apresentam bons números, mas acabam não se conectando com a torcida pela falta de vibração ao sair um gol, ao defender as cores do clube.
Jogadores como Scarpa, Luan e até Weverton apresentaram bons números com o manto alviverde, colecionaram boas atuações, inclusive em momentos decisivos. Scarpa fez um gol antológico contra o Grêmio no primeiro jogo das quartas de final no ano passado. Luan anotou um gol na semifinal da libertadores contra o Boca Juniors, em 2018, e neste mesmo jogo Weverton fez a primeira de suas grandes partidas que consolidaram sua titularidade, hoje incontestável.
Mas é em Felipe Melo, Gustavo Gomez e Dudu que o torcedor se sente representado em campo. Boas atuações, somadas à vibração, provocação de rivais, e o semblante de orgulho e felicidade incontrolável após fazer um gol ou realizar um desarme importante.
A vibração somada às boas atuações não são a unica forma de entrar para a história do clube ou ser querido pela torcida. Mas a receita para se tornar ídolo certamente encontra caminho muito mais fácil com o casamento destas duas características.
Longe de comparar a figura de um jogador que ainda nem estreou com a de um ídolo, mas a magia de acompanhar Valdivia, Edmundo, Djalminha e companhia certamente se valorizava com espetáculos dentro e fora de campo. E as piruetas de Rony, somadas a ao bom futebol que despertou o interesse do gigante Palmeiras, podem fazer do espetáculo alviverde ainda mais bonito e vitorioso.
Autor da Matéria: Matheus Jane Milan
